domingo, 22 de setembro de 2013

"I've done everything in my life that I've wanted to do except just give and feel love for my living.

And I don’t mean like, uh, Roman candle, fireworks, Hollywood hot pink love. I mean, like, “I got your back”-love. I don’t need to hear “I love ya.” You guys love me. I love you. We got that down. But some of the people who would tell you they love ya were the last people to just have your back. So I’m gonna experiment with this love thing. Giving love. Feeling love. I know it’s corny but it’s the last thing I’ve got to check out before I check out."


MAYER, John.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

"A gente faz as contas, projeta uma vida na outra,

tenta se enxergar como se fosse outra pessoa. A gente busca espelhos porque viver é solitário. Busca simetrias porque a vida é torta. A simetria acalma. Talvez acalme porque nós mesmos somos simétricos. Uma linha imaginária, dos pés à cabeça, nos divide em duas partes iguais. Buscamos o que já somos? Esquecemos que essa simetria nunca é perfeita. Para o bom observador, sempre haverá uma perna mais curta, um olho mais caído, uma narina mais aberta…
Certo é que nossa mente busca simetria nas pinturas, nas catedrais e nas notas musicais. Entre passado e futuro, entre os óculos do John e o olhar de Paul, entre Beatles e Stones, nas cores da barba e do cabelo, assim no céu como na terra, assim na serra como no litoral. Entre mãe e pai, pai e filho, num par de filhos, a gente idealiza simetrias que não existem. Buscamos fatos que se repitam, uma ordem, um sentido, um padrão, um padrão, um padrão… um padrão que não há.
O mundo é ímpar, não dá para dividi-lo em duas metades iguais.
Humberto Gessinger

sábado, 17 de agosto de 2013

"Tu eras também uma pequena folha

que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo." Neruda

sexta-feira, 24 de maio de 2013

"Naquele instante, o futuro -

não controlável por Teorema algum, seja matemático ou não - se descortinou para Colin: infinito, indecifrável e lindo."

O Teorema Katherine

"É possível

amar muito alguém, ele pensou. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela."


O Teorema Katherine

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A menina e o pássaro encantado - Rubem Alves


Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades… As suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava. Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão…
 Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores. Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que vi, como presente para ti…
E, assim, ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira. Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como o fogo, penacho dourado na cabeça.
 Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga. As minhas penas ficaram como aquele sol, e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.
E de novo começavam as histórias. A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia. E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre.
Mas chegava a hora da tristeza.
 Tenho de ir  dizia.
 Por favor, não vás. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar…— E a menina fazia beicinho…
— Eu também terei saudades  dizia o pássaro. — Eu também vou chorar. Mas vou contar-te um segredo: as plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios… E o meu encanto precisa da saudade. É aquela tristeza, na espera do regresso, que faz com que as minhas penas fiquem bonitas. Se eu não for, não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado. E tu deixarás de me amar.
Assim, ele partiu. A menina, sozinha, chorava à noite de tristeza, imaginando se o pássaro voltaria. E foi numa dessas noites que ela teve uma ideia malvada: “Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá. Será meu para sempre. Não mais terei saudades. E ficarei feliz…”
Com estes pensamentos, comprou uma linda gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito. E ficou à espera. Ele chegou finalmente, maravilhoso nas suas novas cores, com histórias diferentes para contar. Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse. E adormeceu feliz.
Acordou de madrugada, com um gemido do pássaro…
 Ah! menina… O que é que fizeste? Quebrou-se o encanto. As minhas penas ficarão feias e eu esquecer-me-ei das histórias… Sem a saudade, o amor ir-se-á embora…
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar. Mas não foi isto que aconteceu. O tempo ia passando, e o pássaro ficando diferente. Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste. E veio o silêncio: deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava. E de noite ela chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo…
Até que não aguentou mais.
Abriu a porta da gaiola.
 Podes ir, pássaro. Volta quando quiseres…
 Obrigado, menina. Tenho de partir. E preciso de partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar. Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro de nós. Sempre que ficares com saudade, eu ficarei mais bonito. Sempre que eu ficar com saudade, tu ficarás mais bonita. E enfeitar-te-ás, para me esperar…
E partiu. Voou que voou, para lugares distantes. A menina contava os dias, e a cada dia que passava a saudade crescia.
 Que bom  pensava ela  o meu pássaro está a ficar encantado de novo…
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra.
 Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje…
Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro. Porque ele deveria estar a voar de qualquer lado e de qualquer lado haveria de voltar. Ah!
Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama…
E foi assim que ela, cada noite, ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento: “Quem sabe se ele voltará amanhã….”
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.
* * *
Para o adulto que for ler esta história para uma criança:
Esta é uma história sobre a separação: quando duas pessoas que se amam têm de dizer adeus…
Depois do adeus, fica aquele vazio imenso: a saudade.
Tudo se enche com a presença de uma ausência.
Ah! Como seria bom se não houvesse despedidas…
Alguns chegam a pensar em trancar em gaiolas aqueles a quem amam. Para que sejam deles, para sempre… Para que não haja mais partidas…
Poucos sabem, entretanto, que é a saudade que torna encantadas as pessoas. A saudade faz crescer o desejo. E quando o desejo cresce, preparam-se os abraços.
Esta história, eu não a inventei.
Fiquei triste, vendo a tristeza de uma criança que chorava uma despedida… E a história simplesmente apareceu dentro de mim, quase pronta.
Para quê uma história? Quem não compreende pensa que é para divertir. Mas não é isso.
É que elas têm o poder de transfigurar o quotidiano.
Elas chamam as angústias pelos seus nomes e dizem o medo em canções. Com isto, angústias e medos ficam mais mansos.
Claro que são para crianças.
Especialmente aquelas que moram dentro de nós, e têm medo da solidão…
As mais belas histórias de Rubem Alves
Lisboa, Edições Asa, 2003

sábado, 4 de maio de 2013

domingo, 28 de abril de 2013

"I'm going to sugest that the next time you get a message

from the one you love, the only person in the world you love and can't talk to, that you respond. And you just write back when they ask you if you're up, and you're up, just write back, "Yup, come on over." Cause life is just too short to keep playing the game. Cause if you really want somebody, you'll figure it out later."

John Mayer

terça-feira, 23 de abril de 2013

"E Luísa tinha suspirado,

tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saia delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"

O Primo Basílio - Eça de Queiroz, 1878

quinta-feira, 18 de abril de 2013

"Would you know my name, if I saw you in Heaven?


Will you be the same, if I saw you in Heaven? I must be strong and carry on, cause I know I don't belong here in Heaven.
Would you hold my hand, if I saw you in Heaven? Would you help me stand, if I saw you in Heaven?
I'll find my way through night and day, cause I know I just can't stay here in Heaven.

Time can bring you down, time can bend your kness, time can break your heart, have you begging please...

Beyond the door there's peace, I'm sure and I know there'll be no more tears in Heaven."

I miss you SO MUCH, daddy. 

sábado, 6 de abril de 2013

"É muito libertador

 você finalmente descobrir que é impossível fazer com que todos gostem de você."

John Mayer

"Parece que

somente os velhos conseguem ficar sentados desse jeito, um ao lado do outro sem nada dizer, e ainda assim se sentirem contentes. Os jovens, irrequietos e impacientes, têm sempre de quebrar o silêncio. É um desperdício, porque o silêncio é puro, ele aproxima as pessoas. Porque só quem se sente confortável ao lado de outra pessoa pode ficar sentado sem falar."

sexta-feira, 29 de março de 2013

Obrigada, Jesus. ♥

"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos. Vocês serão meus amigos, se fizerem o que eu ordeno. Já não os chamo de servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado de amigos, porque tudo o que eu ouvi de meu Pai eu tornei conhecido a vocês. Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para ir e dar fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai conceda a vocês o que pedirem em meu nome.
Este é o meu mandamento: Amai-vos uns aos outros."

João 15:13-17

quarta-feira, 27 de março de 2013

"Mas quando

a gente fica vermelho, não é o mesmo que dizer 'sim'?"
O Pequeno Príncipe

terça-feira, 26 de março de 2013

"Deixe-me lhe dar um conselho, Bastardo.


Nunca se esqueça de quem é, porque é certo que o mundo não lembrará. Faça disso sua força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com esta lembrança, e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo."

Tyrion Lannister

segunda-feira, 18 de março de 2013

"Dizem que

para esquecer alguém que você goste muito, precisa transformá-lo em literatura."

500 Dias com Ela

quinta-feira, 14 de março de 2013

sexta-feira, 1 de março de 2013

"Give your heart,

then change your mind. You're allowed to do it, cause God knows it's been done to you and somehow you got through it."


John Mayer

"A queda é inevitável.

A dor é inevitavel. Amar é inevitavel. Estamos todos caídos no mundo esperando quem nos levante e nos tire para dançar."

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

"Há anos que não o via,

parecia que jamais falariam de novo. No entanto, quando a mágoa passa, fica aquela vontade de desdizer as ofensas, de reelaborar os pensamentos, de pedir perdão... Às vezes, não é bom voltar àquilo que já se fez, é melhor tocar a vida adiante e pensar que dali a algum tempo nada mais fará sentido."

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje, 
assim calmo, assim triste, assim magro, 
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.


Eu não tinha estas mãos sem força, 
tão paradas e frias e mortas; 
eu não tinha este coração
que nem se mostra. 


Eu não dei por esta mudança, 
tão simples, tão certa, tão fácil: 


- Em que espelho ficou perdida
a minha face?


Cecília Meireles

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Bem no fundo

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto.

A partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela - silêncio perpétuo.

Extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais.

(...)

                             Paulo Leminski

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Crescer (Kéfera Buchmann)

Eu queria não ter que precisar crescer. Crescer assusta, crescer dói. Dói muito, dependendo do quão cedo você é jogado da zona adolescente direto para a zona adulta. É muito estranho quando você se enxerga velho o suficiente para ir pra um bar e voltar a hora que quiser, mas fica com o rabinho entre as pernas se o seu chefe briga com você pelo atraso logo na segunda de manhã.
Colo de mãe é algo realmente milagroso. Eu lembro que quando eu era criança, eu costumava dormir no colo dela porque estava chateada já que aquele dia no colégio tinha sido o dia de levar brinquedo e eu me esqueci de levar minha boneca. Hoje eu preciso de colo porque tenho decisões pra tomar daqui pra frente (algumas me assustam muito, outras, nem tanto...) Mas são decisões que irão realmente fazer a diferença e que irão mudar completamente o sentido da correnteza do meu rio. Decisões que irão fazer meu avião passar por uma forte turbulência. Eu lembro que quando eu tinha 10 anos, eu achava que ter 19 iria ser o máximo e que a vida seria muito mais interessante e divertida depois que eu pudesse ir para uma balada com os amigos e voltar às 7 da manhã. Agora, tenho 19 anos, tenho nojo de balada e às 7 da manhã é o horário que eu estou indo dormir, depois de ter passado horas em frente ao computador. Ou seja, no quesito “virar um adolescente normal”, eu fracassei. E realmente não me arrependo. Até me orgulho de ser estranha do jeito que eu sou.
Enfim, crescer é deprimente. Você percebe que você passou anos guardado dentro de uma caixinha, e que agora a vida abriu sua casquinha protetora. E você terá de sair. Sua caixinha serviu pra te guardar enquanto você esteve se preparando pra algum dia, explorar o mundo que existia fora da sua zona de conforto. Às vezes eu irei precisar de colo, mas o colo que eu preciso não estará por perto. Medo de ficar sozinho, todos temos. Mas o medo de se arriscar consegue ser ainda maior. Tudo que é novo assusta demais, gera insegurança, dúvidas, tristezas e angústias...


Mãe, cadê meu colo?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

"Necessito é do dente-de-leão na primavera.

Do amarelo vívido que significa renascimento em vez de destruição. Da promessa de que a vida pode prosseguir, independentemente do quão insuportável foram as nossas perdas. Que ela pode voltar a ser boa." (Livro "A Esperança")